A importância do zinco para uma vida saudável
O mineral zinco está presente em todas as partes do corpo e tem múltiplas funções. Ajuda a curar feridas e é um componente importantíssimo de muitas reações enzimáticas.
É vital para o funcionamento saudável de muitos sistemas do organismo, especialmente importante para a saúde da pele e essencial para um sistema imunológico saudável e para a resistência à infecções.
Ele é um nutriente muito influenciado durante o processo de absorção. Na dieta encontramos três fatores que mais interferem na biodisponibilidade do zinco, sendo eles o fitato, o total de zinco na dieta e o teor de proteína na dieta.
Para poder aproveitar o zinco de um alimento que contenha fitato, pode-se utilizar de técnicas como a fermentação do pão e o demolho de grãos, pois assim a fitase, enzima encontrada naturalmente nos alimentos, irá hidrolisar parte desse fitato.
Somente 20% do zinco existente na dieta é realmente absorvido pelo corpo. A fibra e o ácido fítico da dieta, encontrados no farelo, nos cereais integrais e nos grãos, inibem a absorção de zinco.
O ácido fítico forma com o zinco um composto altamente insolúvel que o corpo não pode absorver. O processo de cozimento reduz o efeito negativo do ácido fítico e da fibra sobre a absorção do zinco. Ao ser assado, o pão integral pode perder até metade de seu ácido fítico.
A deficiência de zinco acontece quando grande parte da dieta consiste de pão não fermentado, como no Irã e nos países do Oriente Médio. Um nível alto do mineral tóxico cádmio também pode impedir a absorção de zinco porque os dois minerais competem para serem absorvidos.
Da mesma maneira, um nível alto de zinco na dieta pode impedir a absorção de cádmio. Várias substâncias químicas adicionadas aos alimentos industrializados também podem reduzir a absorção de zinco, tais como os fosfatos e o EDTA.
O zinco é eliminado pelas fezes, pela urina, pelo cabelo, pele, suor, sêmen e também pela menstruação. Muitos vegetarianos costumam ter um alto consumo de produtos processados de soja.
Funções
Seu papel é crucial no crescimento e na divisão das células, quando é necessário na síntese de proteínas e de DNA, na atividade da insulina, no metabolismo dos ovários e testículos e no funcionamento do fígado. Como componente de muitas enzimas, está ligado ao metabolismo de proteínas, carboidratos, lipídios e energia.
Não há locais específicos conhecidos de armazenamento de zinco, por isso é necessário o suprimento regular na dieta. O zinco é encontrado em todo o corpo; 60% dele nos músculos, 30% nos ossos e cerca de 5% na pele. Os homens precisam de mais zinco que as mulheres porque o sêmen contém 100 vezes mais zinco que o sangue.
Quanto mais sexualmente ativo um homem for, mais ele precisará de zinco. A quantidade recomendada de zinco para homens adultos é 1/3 maior do que para mulheres.
Os primeiros sintomas de deficiência de zinco são perda de paladar, fraca resposta imunológica e problemas de pele. Outros sintomas são perda de cabelo, diarreia, fadiga, demora na cura de feridas e, em crianças, taxa reduzida de crescimento e desenvolvimento mental.
Acredita-se que a suplementação de zinco possa auxiliar no tratamento de problemas de pele como acne e eczema, problemas da próstata, anorexia nervosa, alcoolismo e possa ajudar pessoas que sofreram traumas ou passaram por cirurgias.
É sempre melhor procurar o aconselhamento de um especialista antes de tomar suplementos alimentares. Se você decidir tomar zinco, só vai precisar da quantidade diária recomendada, a menos que seu médico lhe recomende outra coisa.
Fontes dietéticas
O zinco está presente numa grande variedade de alimentos, especialmente nos que contêm proteína. A dieta vegetariana costuma conter menos zinco do que a dieta baseada em carne, por isso é bom que os vegetarianos comam bastante alimentos ricos neste importante mineral.
Boas fontes de zinco para vegetarianos são os feijões e lentilhas, fermento seco, nozes, sementes e cereais integrais, sementes de abóbora, tahine, sementes de girassol, gérmen de trigo, castanha de caju.
As leguminosas estão entre os alimentos vegetais que mais contém zinco, incluindo eles o feijão azuki, a soja e o grão de bico.
Entre as sementes, o gergelim tostado apresenta 10,23 miligramas de zinco em 100 gramas, o que é uma considerável quantidade. Os cereais como a aveia, centeio e quinoa também são fontes importantes. Porém deve-se saber que a absorção está prejudicada nestes alimentos por conterem fitato.
Mulheres grávidas precisam de mais zinco, mas acredita-se que esta necessidade seja atendida pelo aumento da absorção no intestino.
O leite materno contém mais de 2 mg de zinco nos primeiros quatro meses e as mulheres precisam de 6 mg a mais por dia para cobrir este gasto. As mulheres em aleitamento devem incluir pelo menos uma porção generosa de alguma boa fonte de zinco em sua dieta diária.
Os suplementos de ferro receitados rotineiramente para mulheres grávidas quando não há sinal de anemia podem piorar a situação em relação ao zinco. Isso acontece porque as interações entre minerais essenciais são complexas e uma quantidade grande demais de um deles pode causar desequilíbrio em outro.
Em excesso, o zinco pode ser tóxico, interferindo com o metabolismo de outros minerais no corpo, especialmente de ferro e cobre.
Fonte: www.vegetarianismo.com.br / www.nutricaovegetariana.wordpress.com