Agave como adoçante é seguro?
O agave vendido comercialmente é feito do amido da raiz de uma espécie de ananás. Este amido é semelhante ao do milho ou do arroz e um hidrato de carbono complexo chamado inulina que é feito de cadeias de frutose. Tecnicamente a inulina é uma fibra altamente indigesta.
O público mais informado deixou de consumir açúcar refinado e xarope de milho para passar a consumir agave com a ilusão de que o mesmo seria saudável. No Brasil, em Portugal e no mundo ele está cada vez mais conhecido e consumido, principalmente nos EUA, onde é mais encontrado.
O processo de produção do “néctar” de agave atual é semelhante ao da produção do xarope de milho (o adoçante mais usado pela indústria de bebidas gaseificadas como a Coca-Cola), que tem sofrido imensas críticas pelos prejuízos à saúde. É um processo enzimático e químico que transforma o amido em frutose altamente concentrada. As enzimas são modificadas geneticamente. São usados ainda ácidos cáusticos, clarificantes e agentes químicos filtrantes. O resultado é um concentrado de frutose refinada e inulina.
Existem dois tipos de coloração do agave: claro e escuro. O agave escuro é resultado de um erro de preparação em que o mesmo é queimado, mas mesmo assim vendido como se fosse proveniente de origem artesanal para justificar a cor.
O agave é rico em saponinas, com ação abortiva, pois estimula o fluir do sangue para o útero. São esteróides tóxicos, capazes de destruir as células vermelhas do sangue. As saponinas são usadas como veneno para peixes. A indústria descreve a saponina do agave como benéfica, mas não é verdade, já que a concentração e o consumo diário e constante tornam-a inadequada ao consumo humano, principalmente para quem está gestante ou tem problemas de anemia crônica.
Embora com um índice glicêmico baixo, o xarope de agave pode provocar complicações variadas na saúde humana, como desmineralização do organismo, inflamação do fígado, endurecimento das artérias, pressão arterial alta, doenças cardiovasculares e obesidade.
Outras complicações e efeitos secundários seriam a síndrome metabólica, problemas de resistência insulínica, efeitos secundários em diabéticos, produção de diarreia e vômitos, perigo para gestantes.
Estes adoçantes foram introduzidos no mercado pura e simplesmente para produzir lucro, aproveitando-se da desinformação do público que preocupado com o açúcar, aspartame e outros adoçantes, procurava uma alternativa saudável.
A FDA teve que intervir junto do maior comerciante de agave nos EUA, a Western Commerce Corporation da Califórnia, por estar adulterando o agave com xarope de milho altamente concentrado, incluindo o agave considerado biológico. A empresa foi fechada.
A informação das etiquetas do agave nem está conforme com as regulações das agências responsáveis pela alimentação, incluindo a FDA. Em Portugal o agave é denominado “Geleia de Agave” por empresas de alimentos “naturais”.
Uma referência em inglês pode ser consultada aqui.
Fonte: DoceLimão