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Animais silvestres ameaçados de extinção são vendidos em feiras livres no Rio de Janeiro

Animais silvestres ameaçados de extinção são facilmente encontrados sendo negociados e vendidos em feiras livres do Rio de janeiro, como as feiras de Acari, na Zona Norte, e em Caxias, na Baixada Fluminense, sem repressão.

Esses animais vêm de outras regiões do país, são transportados nas piores condições possíveis, e a maioria perde a vida no caminho. O Brasil movimenta ilegalmente cerca de 38 milhões de animais por ano, e essa é a terceira atividade ilícita do mundo, depois do tráfico de armas e drogas.

Apesar de toda a estrutura para combater esse tipo de crime, os traficantes de animais continuam agindo ao ar livre. O RJ tem delegacias especializadas de meio ambiente na Polícia Civil, na Polícia Federal e um comando de Polícia Ambiental da PM, e ainda conta com equipes de fiscais do Ibama e do Inea, mas esses locais continuam funcionando sem a devida repressão do poder público.

Um policial que não quis se identificar confirma que a repressão a esse crime é ausente. “Não tem interesse da própria polícia, não considera o crime ambiental tão importante quanto os outros tipos de crime. Basta ver que uma pessoa telefona para uma delegacia denunciando maus tratos ou denunciando que tem um animal à venda, a resposta é sempre que não tem policial e tem outros crimes mais importantes para resolver”, comentou o PM.

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A pena para quem trafica animais silvestres varia de 6 meses a um ano de prisão e multa. Por ser crime de baixo potencial ofensivo, na prática, muitos ficam impunes. No ano passado, em uma rara operação em Caxias, mais de 200 pássaros foram apreendidos, mas ninguém foi detido.

Há cinco anos o Instituto Vida Livre ajuda o Ibama a reintroduzir na natureza animais silvestres recolhidos em feiras ou vítimas de maus tratos. Para o diretor do organização, quem compra animais silvestres nessas feiras é conivente com os crime.

A PM disse que apreendeu 1.500 animais no primeiro semestre deste ano. A Polícia Civil disse que abriu uma investigação sobre o caso e o Inea informou que realiza ações para reprimir a venda ilegal de aves na feira de Acari.

Assista o vídeo em:

 

 

Fonte: G1

Imagem: Pixabay

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