Mel de abelhas: por que veganos não consomem?
O Veganismo é a filosofia de vida baseada em viver sem explorar os animais, de forma alguma. Logo o vegano não se alimenta de animais e dos produtos derivados deles ou de empresas que testem em animais.
Veganismo não é só dieta, é um conjunto de práticas e princípios baseados na proteção, defesa e direitos dos animais.
O mel é um produto criado pelas abelhas para a sua própria alimentação, e isso, por si só, já é motivo para os veganos não consumirem esse alimento.
O mel tem muitos benefícios, mas segundo a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Brasil -, não é recomendável a ingestão desse alimento por crianças, abaixo de um ano de idade, por perigo de contaminação por esporos do bacilo clostridium botulinum, responsável pelo botulismo. Podemos substituir o mel por melado de cana.
A extração do mel, através da prática da apicultura, envolve crueldade, pois para é utilizado um método muito agressivo, chamado fumigação.
Nessa prática, o apicultor usa fumaça através da queima de palha e sabugo de milho, para atordoar as abelhas que ficam intoxicadas e, assim, ele manuseará mais facilmente a colmeia. As abelhas morrem por asfixia e, também, pelo calor, pois a fumaça é muito quente, e isso acaba por lhes queimar e matar.
Os apicultores, quando vão extrair os favos, nesse manuseio esmagam abelhas com suas mãos. As abelhas rainhas são inseminadas artificialmente e, para isso, o apicultor utiliza ganchos e seringas, injetando o sêmen de zangões decapitados (porque arrancando a cabeça do zangão, e espremendo o seu tórax, ele ejacula).
As rainhas são mortas quando sua capacidade de produção de ovos diminui. Essa inseminação é feita utilizando abelhas importadas: italianas, alemãs e africanas, por produzirem mais mel e isso acaba causando devastação para as abelhas nativas.
As asas da rainha são grampeadas pelos apicultores para que ela não abandone a sua colmeia levando as operárias. O apicultor, além de grampear a rainha, quando percebe que a produção de mel irá baixar, com a saída dessas operárias, mata a princesa, ainda em forma de larva.
Com isso, a colmeia fica superlotada, as abelhas produzem muito mel, que é extraído e comercializado, após as abelhas serem mortas de fome e envenenadas (para substituir o mel que foi retirado, as abelhas são alimentadas com pólen artificial e calda de açúcar branco, pobres em nutrientes) e, então, recomeçam um novo ciclo de produção.
Perda de asas e pernas – As colmeias são sacudidas violentamente ou recebem jatos de ar, para que as abelhas saiam das colmeias e, isso, provoca a perda de suas asas e pernas, gerando dor e morte, e a manipulação dos favos faz com que muitas abelhas morram esmagadas.
No Japão, para que as abelhas se tornem inofensivas e possam ser manuseadas mais facilmente, submetem-se esses insetos à radiação, para que os ferrões caiam, produzindo, assim, abelhas sem ferrões.
Para que os animais silvestres não se alimentem do mel das abelhas, os apicultores instalam armadilhas para captura e matança deles, entre estes temos o tatu.
O fisiologista Gilberto Xavier, pesquisador da USP, Universidade São Paulo, disse:
“Assim, como os humanos, os insetos têm terminações nervosas, por isso, se deduz que eles possuem algum tipo de percepção sensorial, equivalente à sensação de dor. Outra aspecto, que atesta essa análise, é que os insetos se afastam, esquivam ou fogem de tudo que lhes causa causa desconforto.
Estes mecanismos são ativados nos insetos, justamente, porque eles sentem dor e são utilizados para para promover a diminuição deste efeito, nessas criaturas.
Fonte: Greenme
Nossa, não sabia disso! Sinto muito.
Agradecemos o seu comentário, Silvana.
Boa tarde, tenho uma dúvida: Segundo o texto acima, “veganismo é a filosofia de vida baseada em viver sem explorar os animais, de forma alguma”. A definição de “explorar” neste texto tem a ver com a exploração abusiva?
Pergunto isso porque, o texto focou basicamente nos métodos que os apicultores utilizam em abelhas com ferrões e nas tentativas de evitar os problemas relacionados. Eu concordo que tudo o seu foi falado é péssimo e deveria ser descontinuado. Entretanto, não consigo ver desta forma na criação de abelhas sem ferrão, onde existem métodos onde NENHUMA abelha é morta, onde seus ninhos não são “destruídos” ou mesmo “sacudidos com violência”. Vejo muitos apicultores caseiros encherem suas propriedades com flores justamente para “ajudar as abelhas” e obviamente “se ajudarem”, criando uma sinergia entre eles. São retiradas quantidades pequenas de mel, haja visto que o intuito não é a comercialização, e ainda ajudam na continuidade de uma espécie que está, digamos, sofrendo com as péssimas condições ambientais. Vocês poderiam comentar a respeito por favor?