Kefir e kombuchá são aliados da saúde
O kefir é uma bebida fermentada produzida a partir da ação dos micro-organismos presentes em seu próprio grão. Para produzi-lo é preciso submergir seus grãos em água (o leite também é usado, mas não no caso dos veganos), deixando fermentar por aproximadamente 6 horas em temperatura ambiente.
“O resultado é uma bebida com uma textura um pouco mais suave do que a do iogurte e composta de bilhões dos mais variados tipos de lactobacilos, bifidobacterium e leveduras, fazendo dela um potente probiótico“, conta Letícia Fontes, nutróloga da Clínica MEI, em São Paulo. Além disso, é fonte de minerais, vitaminas, aminoácidos essenciais e proteínas de fácil digestão.
Sua lista de benefícios à saúde é extensa. “Seu consumo modula a imunidade, desinflama o intestino, melhora a densidade óssea, combate alergias, previne doenças respiratórias, auxilia no combate da candidíase, desintoxica o organismo e ainda contribui para o processo de emagrecimento”, enumera a especialista.
A recomendação é a ingestão de um copo médio ao dia, preferencialmente pela manhã. Pode ser pura, batê-la com vitaminas, chá ou até usá-la para regar uma porção de frutas. “Lembrando que seu consumo também é indicado para quem sofre com diabetes por controlar os picos de insulina na corrente sanguínea”, diz Letícia.
Outra bebida saudável e com características semelhantes é o kombucha, uma bebida probiótica, preparada a partir da fermentação do chá da árvore Camellia Sinensis (a mesma utilizada na confecção do chá verde) ou ainda com outras infusões ricas em cafeína.
Segundo o nutricionista Daniel Novais, a fermentação ocorre por causa do scoby, um disco gelatinoso feito de colônias de bactérias e leveduras. “Esses organismos se alimentam de açúcar e, por isso, acabam deixando a bebida com baixo teor de carboidratos”, explica.
Conhecido pelos povos da China como o “elixir da saúde”, esta bebida também possui vitaminas do complexo B e C, além de aminoácidos essenciais, propriedades antioxidantes e energéticas.
Conforme recomendação do nutricionista Daniel, as doses de consumo da bebida devem ser progressivas, sendo aconselhável iniciar com “pequenas quantidades, cerca de 100 ml ao dia. Se não houver efeitos colaterais, uma boa quantidade diária para ingestão desta, seria um copo de 200 ml”, complementa.
Frequentemente comparado com o kefir de água, os dois possuem diferenças apenas em sua colônia de probióticos. Com funções semelhantes, o consumo das duas opções resultará em um organismo mais equilibrado.
Segundo o nutricionista, é necessário cuidado no preparo da bebida quando este ocorrer em casa, pois se “for realizado de forma inadequada, corre o risco de desenvolver fungos prejudiciais para a saúde”, alerta.
”Por ser fermentada, a bebida tende a ser muito ácida, podendo diminuir a absorção de medicamentos. Pelo mesmo motivo, ela também contém um pouco de álcool, devendo ser evitada por pessoas com problemas hepáticos e renais, crianças menores de 8 anos, mulheres lactantes, gestantes e pessoas com histórico de alcoolismo”, enfatiza Daniel.
O nutricionista explica que enquanto o kefir é uma colônia de leveduras e microrganismos em forma de grãos, os quais podem se reproduzir tanto na água com açúcar mascavo ou no leite, o kombucha possui uma colônia de formato diferenciado, assemelhando-se à um disco ou cogumelo.
Podendo ser adquirido em lojas especializadas em produtos naturais, o acesso ao Kombucha já pronto ainda é restrito. Com os mesmos preceitos do que o kefir, normalmente a colônia de probióticos é doada por alguém que já a cultiva.
Fonte: MSN , Dicasdemulher