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Dez porcos abatidos em santuário animal italiano

As autoridades italianas sacrificaram na quarta-feira, 20 de setembro, todos os porcos residentes no santuário Progetto Cuori Liberi. Foram dez, no total. A justificativa está no fato de ter sido detectada peste suína africana naquela zona, doença essa que atingiu dois dos porcos do santuário – e que acabaram por morrer, vítimas do vírus. Todos os outros estavam saudáveis e sem vírus, mas “a lei declara o abate sanitário e destruição de todas as carcaças de porcos que vivam nas imediações do local onde quer que tenha havido um caso, estejam os animais doentes ou não”, lamentou a organização Animal Save & Care Portugal numa publicação no Facebook.

Durante 13 dias, recorde-se, muitas pessoas se manifestaram contra este abate anunciado, tendo ontem algumas sido arrastadas à força por terem tentado bloquear a passagem das autoridades que foram eutanasiar os 10 porcos no santuário localizado em Zinasco, na região da Lombardia. Eram 6 e pouco da manhã quando chegaram mais de 100 pessoas, entre polícia e veterinários, em dezenas de carros. Os porcos, já habituados à gentileza humana, depois de antes terem passado por muito, receberam sem desconfiança, a abanarem as suas caudas, aqueles que ali estavam para os sacrificar.

O vírus em questão “não é transmissível a humanos, por isso nem sequer têm a desculpa de que representa um possível risco para a saúde pública. A única coisa que as autoridades e os governos defendem é a indústria exploratória de animais e a economia local e nacional. Defendem negócios sangrentos de um sistema capitalista que apenas pensa em crescimento infinito e totalmente insustentável! Os animais e as suas vidas ficam sempre em último lugar. As suas vidas nem sequer chegam a ser contempladas na Constituição, eles nem sequer existem senão como produtos de venda e revenda, mesmo que vivam dentro de refúgios ou santuários onde o objetivo é simplesmente viverem livres, cuidados e sem o mínimo risco de serem mortos para consumo ou sequer serem transportados para fora do local”, refere ainda a Animal Save & Care Portugal”.

 

Porcos são relembrados, um a um
Um pouco por todo o lado, nas redes sociais, os nomes e idades dos dez porcos eutanasiados foram listados. Para que ninguém os esqueça: Crosta (1 ano), Freedom (5 anos), Crusca (2 anos), Pumba (5 anos), Dorothy (16 anos), Mercoledi (3 anos), Bartolomeo (6 anos), Ursula (6 anos), Carolina (6 anos) e Spino (3 anos).

Há muitos vídeos no Facebook, Instagram e X (ex-Twitter), onde se pode ouvir os ativistas a chorar e em que as imagens são duríssimas de se ver. É o caso de uma filmagem descrita como “crónica de um massacre”, onde se fala de traição para com animais que tinham escapado a vidas terríveis.

Fonte e imagem: Pit.nit

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